Como gerir a saúde da empresa em tempos de pandemia…
Crises sempre existiram e continuarão existir na vida das pessoas, das empresas, das famílias, nos relacionamentos, na sociedade, enfim em todas as áreas da nossa vida.
A situação atual que o mundo todo atravessa, por conta da pandemia do coronavírus, é que chama nossa atenção pela sua gravidade e dimensões globais.
Especialistas tem dito que a atual crise pode se tornar numa das maiores crises da humanidade no tempo moderno.
Entretanto, com todo respeito às pessoas que sofrem a perda de entes queridos para a doença, sentem os sintomas desagradáveis e os efeitos econômicos com a perda de renda e condições de satisfazer suas necessidades básicas, este não é o tema a ser discutido.
Quero aqui, me dirigir aos empreendedores e empresários que estão com seus negócios impactados com todas as medidas necessárias, para a contenção da pandemia.
Não se trata de discutir políticas públicas de saúde, longe disso, gostaria apenas de chamar sua atenção para o fato de que existem alternativas sim, para que os efeitos da crise sejam superados ou minimizados em sua empresa.
Aprendizado
Normalmente o maior aprendizado da nossa vida está associado aos erros cometidos e a situações imponderáveis, como fatos ou crises que, acontecem inesperadamente, e fora do nosso controle.
Muitas empresas que passaram por crises impactantes antes, desenvolvem estratégias para lidar exatamente com as situações atípicas e adversas, protegendo-a o máximo possível, dos impactos.
É aí que surge a “gestão de crise”, ou seja, um modelo de ações e protocolos internos que acionam e mobilizam seus recursos (equipes, processos etc.) para reagirem o mais rapidamente possível, desde que os primeiros sinais sejam sentidos.
A estratégia para gerir a crise, leva em consideração o modelo de negócio da empresa e o mapeamento de todos os seus processos vitais e sua correlação com as possíveis ocorrências que poderiam comprometer a continuidade da sua operação, e assim simular todos os incidentes e acidentes possíveis e as respectivas ações para remediação.
O resultado desse trabalho constitui o Plano de Contingências e a base para que seja estabelecida internamente, um modelo de gestão de crise e assim atender os interesses da empresa, sempre que necessário.
Mesmo diante de uma crise, é possível obter benefícios e enxergar grandes oportunidades que, se não fosse a crise, passariam desapercebidas.
“Enquanto alguns lamentam a crise, outros aproveitam as oportunidades e enriquecem.”
Gustavo Cerbasi
É possível fazermos sim, uma correlação entre o tratamento médico para tratamento da saúde física de uma pessoa e o tratamento da “saúde financeira” de uma empresa, a diferença é que no primeiro caso o médico, através da medicina, é quem vai fazer a avaliação e chegar no diagnóstico, enquanto no caso das empresas temos a figura do contador, como profissional qualificado para exercer o mesmo trabalho de avaliação e diagnóstico da situação.
O médico se utiliza dos parâmetros clínicos que são obtidos através dos exames, alguns realizados presencialmente por ocasião da consulta (sinais vitais) e outros realizados por laboratórios de análise clínica (exames de patologia).
Já o contador, analisa dados e fatos disponíveis, a grande maioria extraídos dos principais demonstrativos financeiros da empresa, tais como o demonstrativo de resultado do exercício (DRE), balanço patrimonial e fluxo de caixa.
Com base nessa informação e acesso aos dados do sistema de gestão da empresa, seria possível avaliar os indicadores financeiros (sinais vitais) e assim compreender a situação atual e possíveis soluções.
Sim, para produzir e calcular os indicadores financeiros, a empresa precisa, necessariamente, se utilizar de sistema de gestão (ERP).
E sua empresa, está preparada para entender como poderia cuidar da sua saúde, de forma efetiva e eficiente?